Quando urubu tá com azar…

… o de baixo caga pra cima, já dizia uma amiga da faculdade.

Da minha capacidade de não conseguir empregos (ou da falta de, para conseguir um):

Essa semana fez oito meses que eu estou no Brasil (1- sim, eu sou deprimente e conto aniversário de meses de quanto tempo faz que eu voltei; 2- sim, eu sou deprimente e acho que o tempo está passando muito rápido esse ano. Aliás, já tem alguns anos que eu acho que o tempo passa rápido), e desde que voltei, enviei cerca de 100 curriculuns e tive 3 empregos, quase 4. Todos temporários.

Dois deles foram em uma floricultura. A primeira vez na época do dia das mães, a segunda, na época do dia dos namorados. Outro foi em um banco. Entrei cobrindo doença, fui cobrir férias e estendi mais quatro dias porque o pai de uma funcionária morreu e ela saiu de licença. Nessa brincadeira de banco, fiquei quase dois meses.

Agora o 4°, o que foi quase um emprego, é uma história a parte.

Em uma das minhas enviadas de curriculum, fui selecionada para uma loja feminina de roupa de festa. O salário até que não seria ruim. A loja era nova, nem tinha sido inaugurada ainda. Então, eu e as outras duas meninas selecionadas, fomos no primeiro dia para conhecer e limpar a loja. No fim do dia a dona disse que como tínhamos adiantado bem as coisas, precisávamos voltar só 3 dias depois, no dia que a loja de fato abriría. Estava animada e cansada, já que naquele dia tinha feito uma faxina pesada. No dia seguinte, a secretária, a mesma que tinha me entrevistado e selecionado, me ligou e me demitiu :O. O motivo? O santo da dona da loja não tinha batido com o meu. Depois de ficar muito puta, bateu o lado ‘Poliana’ e eu cheguei a conclusão de que nem seria bom trabalhar com alguém assim, tão… tão idiota sem profissionalismo.

Fora isso, eu já perdi empregos por trocar a entrevista em inglês, por alemão, já respondi perguntas muito idiotas com respostas mais idiotas ainda e assim a fora.

No ultimo dia do ultimo emprego, o do banco, me ligaram oferecendo uma vaga, para o mesmo banco, mas em outra agência, começando no dia seguinte. Nossa… achei que a sorte ainda estava do meu lado. No fim do expediente liguei para um funcionário dessa outra agência, que mora na mesma cidade que eu, pra já esquematizar uma carona. Foi quando ele disse que a vaga já tinha sido preenchida. Ou seja: se eu não ligo, a empresa terceirizada que tinha me garantido a vaga não teria me ligado e eu tinha perdido meu tempo, mais uma vez.

Faz duas semanas que eu tô de férias-permanentes-por-falta-de-opção, denovo, mas como acredito em Deus, nos ditados populares e em Gilberto Gil, acho que depois da chuva vem o arco-íris e ‘andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar’.

É, eu sou clichê, mas na hora do desespero, quem não é?

3 comentários

  1. Ai, será que tô no mesmo caminho, hein? (é, amiga, tô com medo sim, essa tua história aí tá complicada).
    Dois meses e meio de Brasil, comecei num bico de shopping, só de final de semana. Ai, que meda.

  2. olá,

    a cássia me indicou o post porque temos histórias muuuuuuuuuuuito parecidas, acredita?

    e sendo clichê ou não, estou contigo e não abro…

    a fé não costuma falhar (nem no desespero)

    boa sorte aê!!!

    bjocas

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